Início Menor Abandonado Vate O Inferninho Delfim

sábado, 11 de dezembro de 2010

Visualise, passe a página e leia os primeiros capítulos... em modo tela cheia é melhor!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sinopse

Betinho é uma criança que não sabe como foi parar nas ruas. Cabisbaixo, triste e sozinho, não sabia ele que este seria o seu destino: lavando carros para ganhar uns trocados... era apenas mais um menor abandonado nas ruas de São Luís. Para vencer as batalhas das ruas se une a outros menores, mas logo vê seus companheiros serem assassinados em uma chacina onde é o único a escapar. Sem frequentar escola, sem carinho, sem saúde... Essa foi a realidade e rotina de várias crianças que vagavam pelas ruas de São Luís e muitos outros grande centros urbanos na década de 90. Uma das grandes mazelas na nossa sociedade que ainda teve a ousadia de dar nome à realização da segregação social: menor abandonado.

domingo, 17 de outubro de 2010

Nota do Autor para Menor Abandonado

     Quando tentei pôr a estória de Roberto d'Ávilla Filho, o Betinho, em papel pela primeira vez carregava toda uma inexperiência sabida da pouca idade, tinha apenas dezesseis anos. Haveria uma feira de ciências na escola secundarista na qual eu estudava, e minha equipe desleixada não fazia ideia de qual trabalho apresentaria. Estava em voga o Rap na capital do Maranhão, muitos grupos destacavam-se e o Movimento estava bem forte. Reuniam-se quase sempre na praça Deodoro às sexta-feiras; neste movimento um rapaz destacava-se, seu nome era Lamartine, o Lamar. Ele havia composto uma letra que traduzia um problema social crítico da época. Tratava-se da música Rap intitulada “Menor Abandonado”. Com uma letra forte e uma melodia marcante tornou-se rapidamente hino entre os cultuadores do Rap em São Luís. Na classe onde eu estudava não foi diferente, era cantada inúmeras vezes no único corredor do Colégio Nerval Lebre Santiago durante o dia, principalmente por meu grupo indeciso. Sugeri então ao grupo a ideia de romancear a letra Rap. Entusiasmados o grupo aceitou a sugestão. Sustentaram-se no meu argumento de que apenas um do grupo precisaria trabalhar e, eu, como autor da ideia ofereci-me para o fazer. Simples: do trabalho o menor. Ou nenhum.
     Mas foi tão pobre o romance que não passou de um conto capitulado. Tão superficial, tão insensível que mais parecia uma estorinha em quadrinhos sem desenhos. Mas no trabalho surgiu uma ideia, uma ideia forte que mesmo sem sucesso decidi guardar o primeiro manuscrito.
     Após alguns anos contraí uma febre ardente por literatura entusiasmado por meus professores de Cursinho Pré-Vestibular. E pus-me a reescrever, ou melhor, escrever toda a estória. Foram meses de febre constante; eu dormia, acordava, escovava os dentes, almoçava, jantava e voltava a dormir escrevendo o livro o tempo inteiro. Quando sanei minha patologia deparei-me com um verdadeiro manuscrito de mais de cem páginas no qual teria muito ainda que lapidar. Convenhamos: os escritores nunca estão satisfeitos com os próprios trabalhos.
     Não pude trazer a letra de Rap inspiradora desta estória neste blog; perdi todo o contato com a turma de 1995 e do Movimento Rap quando me mudei a serviço para Caxias. Mas deixo registrado a minha gratidão que sinto ao Mestre Lamartine, o qual fiz questão de descrevê-lo em páginas do Menor Abandonado. Deixo um apelo: Lamartine se algum dia você vir a ler este post deixe o seu contato, gostaria muito de lhe trocar algumas linhas e se possível deixar a letra do Rap Menor Abandonado para que possamos aprecía-la por completo...